quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Mônica Feijó - aurora 5365


Mônica, apontada como musa do manguebeat, estreou com excelência e talento nesse independente "aurora 5365", flertando com o drum bass artesanal(!) e o trip-hop, colando por cima desses gêneros, elementos como o samba, bossa, mangue e candomblé. Merece destaque a captação orgânica das batidas, com ecos e técnicas utilizadas nas gravações dos anos 70. Atenção também para a produção independente, gravado no Recife, com quase todos figurantes da cena bit envolvidos, inclusive o belo texto de Fred 04, no encarte do CD. O destaque dessa cantora, diva do movimento pós-manguebeat, eram suas apresentações de divulgação do “aurora”, esbanjando personalidade e performance de deixar qualquer um arrepiado. A econômica banda que a acompanhava, era de primeira linha! Mas parece que Mônica deu uma alta amadurecida na segunda investida, a mesma resolveu resgatar sambas pernambucanos, ficou mais comportada nas apresentações e perdeu sua marca registrada que era sua encarnação de xangô nos palcos. O chato é que não veremos mais a Mônica soltando aquele grito destorcido alavancado do fundo da alma, quando ela berrava: o filho predileto de... Xangooooooooooooooooooooooooooooooooo!!!

Achei esse vagando pela internet, provavelmente do acervo do grande Dj Elcy, amigo da cantora e produtor das históricas e excelentes coletâneas Recife Rock Mangue.

Pode baixar, em alta qualidade, 320 Kbps.


Gamma